terça-feira, 14 de julho de 2009

Solidariedade em alta nas férias em Paraisópolis


Éverton de Assis - 5º período

Com a chegada das férias escolares, um clima de solidariedade desperta em Paraisópolis numa intensidade estrondosa, onde pessoas se voluntariam, na intenção de apoiar de alguma forma as entidades que valorizam e ajudam os mais necessitados. OPIS (Olimpíada Paraisopolense de Inverno e Solidariedade), que está em sua décima primeira edição. O evento tem como tema “vamos bater um recorde em solidariedade”. Conta com quatro equipes: Casa da Criança, Apae, Asilo e Hospital Frei Caetano.

A parte esportiva sofreu mudanças, este ano terá um novo local que será no poliesportivo “Professor Helcias Rocha”, com novas modalidades como tênis, na quadra da fábrica Delphi, corrida de 10 km, como fechamento das atividades esportivas e a volta de algumas categorias como o futvôlei e handebol. A duração dos jogos aumentará para duas semanas, começando no dia 13 de julho. Na primeira semana os jogos serão na quadra normal e na segunda semana na quadra de areia montada no interior do poliesportivo.

O atleta Carlos Augusto de Lima Machado, 17 anos, estudante, já participa a quatro anos da Opis e destaca que jogando para uma equipe, acaba ajudando todas de certa forma. Ressalta ainda que o evento ajuda no movimento da cidade com entretenimento, arrecadação de dinheiro para as entidades filantrópicas e lucro para os comerciantes locais.

A festa começará oficialmente no dia 23 de julho com a tradicional passeata das equipes representadas por cores distintas, o amarelo com a Casa da Criança, o vermelho com a Apae, o verde com o Asilo e a cor azul com o Hospital. As equipes se dispõem em barracas com comidas típicas que acompanham os shows em todas as noites. Este ano a Opis terá um grande show gratuito, da dupla sertaneja Gian e Giovane, no dia 25 de julho.

O símbolo da Opis sofreu uma mudança e segundo a comissão organizadora, nos próximos anos ocorrerá um concurso estudantil, em que os alunos do município criarão por meio de critérios estabelecidos uma nova logomarca para que ocorra sempre uma nova variação nos próximos anos do evento.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Esgoto a céu aberto causa infestação de ratos

"José Roberto Alvarenga afirma não ser o esgoto o principal o motivo da
proliferação de ratos na cidade, segundo ele a população é a principal
causa.”

Carla Barbosa - 1º semestre

A cidade de Paraisópolis enfrenta um grave problema de redes de esgoto entupidas, ou mal inutilizadas, que deixam vácuos que servem de moradia para ratos e outros bichos. O crescimento da cidade fez com que sua estrutura não suportasse o esgoto gerado, o que faz com que este corra á céu aberto em vários pontos da cidade, e consequentemente gera a infestação de ratos e outras pragas, principalmente nas áreas periféricas.

Segundo dados do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) o esgoto é misturado em pelo menos 70% com a rede fluvial. Apenas 30% do esgoto emitido não têm ligação com a água. O centro da cidade está livre do problema, possui canalização adequada, que é chamado de ETE (estação de tratamento de esgoto).

A vigilância sanitária faz o serviço de manutenção, que é diário, mas que sem uma prevenção torna-se em vão. São utilizados venenos específicos, que tem alto custo para o município, e que segundo Carlos Alberto Venésio Gomes, Técnico em Vigilância Sanitária de Paraisópolis, acaba por não solucionar o problema, por falta de estrutura.

A cidade é dividida em pontos no mapa em concentração de focos: alta, média, baixa e controlada, o que possibilita ao técnico, saber o grau de concentração dos focos de ratos nos locais visitados. E de acordo com o Técnico os pontos mais críticos na cidade localizam-se na Vila São Luis, Vila Água Férrea e Jardim Felicidade, onde o esgoto corre á encontro da água sem nenhum tratamento específico.

Apesar do investimento na construção de coletores, interceptores e emissários ser alto, sanaria o problema por inteiro, segundo Josy Maria Cabral Ribeiro, funcionária da Vigilância Sanitária.

O Diretor do SAAE, José Roberto de Alvarenga, que assumiu a diretoria esse ano, diz não ter muito conhecimento do que foi feito nas gestões anteriores a respeito, mas diz que há um projeto para sanar o problema de infra-estrutura na cidade, que engloba toda a estação de tratamento de água e esgoto, e será feito pelo SAAE em conjunto com a Prefeitura. Cita ainda que a estação de tratamento precisa de receita de ordem nacional, se estimada 20 milhões de reais, o que é inviável para a cidade. Já foi feita a inscrição na secretaria do estado, para a aquisição de verba, e depois de iniciada a obra deve levar de 8 a 10 anos para ser concluída. De acordo com uma lei federal, até 2017 a obra tem de estar pelo menos iniciada.

Ezequiel Ferreira, morador do bairro Água Férrea, reclama do constante aparecimento de ratos e gambás em sua casa, e afirma: “os agentes colocam o veneno frequentemente, que parecem mais vitaminas para ratos, quanto mais colocam veneno mais aparecem.”

Outra moradora do bairro Vila São Luis, Creunice Ferreira da Silva Barbosa diz que o problema é constante, por mais veneno que coloquem, não diminui a quantidade de ratos, e a cada dia aparecem maiores.

Valdirene Aparecida da Silva Afonso do Bairro Água Férrea, conta que próximo a sua casa, corre um esgoto a céu aberto, onde é possível ver os ratos passeando.